quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Teste de tralha e muitos peixes

Depois de um mês de chuvas torrenciais, tivemos uma trégua aqui em Ribeirão Preto neste Domingo.
Às sete horas da manhã acordei com um telefonema do amigo Eduardo: “Está sol, vamos pescar?”
Nem precisou perguntar duas vezes, arrumei a tralha, peguei meu float-tube e fui para casa dele e de lá partimos para o sítio do nosso amigo Carlão.
Como já disse em outras postagens esse sítio possui um lago cheio de tucunarés e é nosso parque de diversões.
Apesar da vontade imensa de pegar um peixe, minha prioridade era testar o float-tube, que estava até com mofo.
Minhas impressões são as seguintes:
Pontos positivos: A integração com o meio é enorme, pois a locomoção é feita em silêncio absoluto e quase sem criar marolas, possibilitando uma maior aproximação das estruturas.
Podemos pescar em locais que não seria possível chegar vadeando ou de barco.
Pontos negativos: O arremesso fica comprometido, pois ficamos com boa parte do corpo dentro da água.
Com vento forte fica praticamente inviável seu uso.
A hidrodinâmica é quase zero devido seu formato circular.
Pra resumir foi uma experiência legal, até capturei um peixe, pena que depois de uma hora de pesca começou um vento forte que me jogava para a margem, e interrompeu meu teste.

Como não consegui mais usar o float, me juntei ao Eduardo que pescava de vadeio.
Batemos boa parte do lago sem nenhuma ação. A pressão atmosférica estava caindo e o vento aumentando, sinais da forte chuva que se aproximava.
Antes de batermos em retirada resolvemos tentar uns arremessos em um ponto do lago onde se concentram cardumes de pacús-prata e pequenas tilápias.
No primeiro arremesso fizemos um dublê, um macho e uma fêmea.

Depois disso o que se seguiu foi o seguinte; dezesseis peixes de bom tamanho, capturados e soltos, tudo isso em 30 minutos! Sem contar o exemplar com mais de dois quilos que o Eduardo pegou.



Já ia me esquecendo, o Eduardo estreou a sua tralha de Spey com dois belos tucunarés, que dia memorável.

A pescaria foi interrompida pela chuva, más não podemos nos queixar, São Pedro foi bem generoso.
Abraço a todos.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Final da temporada

No Domingo anterior ao fechamento da pesca no rio Pardo, passei uma tarde agradabilíssima pescando lambarís.
Como já disse em outras postagens, sou fanático pela pesca com equipamento leve, principalmente do lambarí. Apesar de ser pequeno, a voracidade com que ele ataca as moscas é de fazer inveja a muito peixe grande.
Armado com minha inseparável varinha #2 e uma caixinha recheada de pequenas ninfas, larvas e dries, parti para a última pescaria da temporada antes da piracema.

O local escolhido foi uma pequena corredeira em frente ao rancho de um amigo.
Neste ponto existe uma árvore caída e alguns aguapés, onde os peixes espreitam suas presas. Assim que cheguei percebi um movimento na superfície. Atei um wolly bugger #12 ao tippet 0,20 mm e fiz o arremesso. Nem bem a isca começou a afundar e veio a batida, era uma tabarana com cerca de 20cm, que após alguns saltos escapou.
Depois de inúmeros arremessos sem sucesso, mudei o tippet para 0,15 mm e coloquei uma larva atada num anzol #16 e ação começou.
Saíram alguns lambarís do rabo vermelho de bom tamanho, como o da foto, más as estrelas foram os tambiús que mais pareciam pacús prata de tão grandes! Exageros a parte, esses foram os maiores tambiús que já pesquei.



Eu arremessava no início da corredeira e deixava a isca derivar bem próximo dos aguapés, era fatal, uma ação atrás da outra. Meia hora depois as ações cessaram de repente. Troquei a isca e nada, não podia entender. Até que a natureza me deu a resposta; um Dourado enorme atacou o cardume bem na minha frente, levantando água e peixes no ar. Depois disso os peixes sumiram de vez, más não me importei nem um pouco, pois não é sempre que temos o privilégio de presenciar uma cena maravilhosa como essa. Agora só me resta esperar ansiosamente a próxima temporada.
Ano que vem tem mais.