quinta-feira, 6 de maio de 2010

Tabaranas no rio Pardo

O rio Pardo é um dos rios mais importantes da região noroeste do estado de São Paulo. Suas águas percorrem 573km desde sua nascente em Ipiúna-MG até o desemboque no rio Grande.
Aqui na região de Ribeirão Preto, o Pardão, como é chamado, ainda possui uma ictiofauna considerável, apesar da pesca predatória e do avanço da cultura de cana-de-açúcar em suas margens.
Nós “flyseiros” aguardamos ansiosamente a época do ano em que o rio baixa e suas águas ficam mais límpidas para sairmos à “caça” dos dourados, tabaranas e lambarís.
A pescaria de dourados é sem dúvida uma das mais espetaculares que se pode fazer em qualquer modalidade, más não é muito fácil encontrá-los. Uma opção que temos quando eles resolvem não aparecer é a tabarana.
Os dois co-habitam os mesmos locais do rio, com a diferença que a tabarana prefere ficar mais próxima da margem (observação pessoal).
Há duas semanas atrás fui passar o final de semana no rancho de um amigo, às margens do rio Pardo, próximo à cidade de Serrana, localizada a vinte quilômetros daqui.
Como chegamos sábado à noite, só pude aplacar minha vontade de pescar no dia seguinte.
Acordei às 6:30hs da manhã e fui para o rio. A ansiedade era tanta que nem café eu tomei.
O local consiste de uma corredeira de uns 300 metros de extensão onde o rio corre forte e uma enorme laje de pedra, margeadas por uma bela mata ciliar.
Montei duas varas; uma #3 para eventuais tambiús e uma #8 para os dourados.
Comecei com o equipamento #8 e um streamer de EP Sea Fiber.
No primeiro arremesso, uma tabarana de 400g aproximadamente entrou no streamer com vontade.
Meu coração quase saiu pela boca e minhas pernas tremiam. Depois de uma breve luta ela se entregou e pude fotografá-la nas pedras ainda trêmulo.
Mais um arremesso e outra tabarana do mesmo tamanho, com certeza era um cardume. Mudei para a vara #3 com um pequeno streamer de bucktail verde limão, já que os peixes eram de pequeno porte.
Depois de muitos saltos acrobáticos, três tippets cortados e seis peixes capturados, os ataques cessaram.
Após as 7:00hs da manhã não houve mais nem um ataque sequer. Parecia que tinham marcado hora para se alimentar e me proporcionar tamanha alegria.
Alguns podem se perguntar: toda essa emoção por causa de tabaranas de menos de meio quilo?
Eu sou assim, quando estou pescando volto a ser criança, ainda me emociono com qualquer captura, principalmente em ambiente natural. Volto a ser aquele menino que pegava um lambarí e saía correndo para mostrar para o pai, todo orgulhoso. Sou obcecado pela pesca e por tudo que a envolve. Pescar tabaranas em uma corredeira, com equipamento de fly, com água pelos joelhos, em um local extremamente bonito e próximo da minha casa, o que mais posso querer?
(Perdoem a qualidade das fotos, pois as tabaranas são sensíveis e devem ser liberadas o mais rápido possível).







8 comentários:

  1. Muito boa a matéria, escreveu com o coração.

    Abraço dr..

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  2. Que pescaria FERA!!!!

    E aqui perto eim!!! Que maravilha!

    Grande abraço!

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  3. Alias... Franklin, te mandei um e-mail nesse endereço que ta no blog.

    Grande abraço!

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  4. Fala Franklin

    Mandei para seu e-mail que está cadastrado no blog: oliani06@hotmail.com

    Se você usa outro e-mail, envie-o para mim no ale.suman@gmail.com, ok??

    Grande abraço!

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  5. Olá Franklin

    Respondi ao seu e-mail.

    Recebeste?

    Abraço!

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  6. Parabéns! Bela pescaria!
    Sou louco com as tabaranas e estou no rstro delas aqui em Goiás, o encontro não deve demorar, talvez esse fds....
    Grande abraço!
    Leandro Vitorino

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  7. Excelente!!!! Muito Obrigado pela matéria!!! Abraço

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